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segunda-feira, 3 de abril de 2017

A importância da organização do espaço da sala de aula


Caracterização da Sala

Ao chegar à sala da turma do 2º ano do Ensino Fundamental, encontra-se um desenho na porta, indicando que a sala pertence às duas turmas, 1º e 2º ano. A sala do 2º ano é utilizada também pelo 1º ano à tarde, por isso algumas coisas existentes na sala pertencem ao 1º ano.



Segundo Jolibert (2006) a sala de aula, organizada como um ambiente agradável estimula os alunos ali inseridos, possibilita a comunicação dos materiais existentes em favor da aprendizagem dos alunos. 
A sala de aula desta turma é organizada com classes e cadeiras dispostas uma atrás da outra. São cinco fileiras com espaço mínimo entre elas. Os alunos que sentam na primeira classe, nos cantos da sala, sentem dificuldade para enxergar o que é escrito no quadro. O quadro é disposto em frente à turma, no meio da parede, porém é um quadro pequeno. Embora, Jolibert (2006) proponha a organização da sala como um fator primordial para o processo de ensino aprendizagem, mesas e cadeiras devem ser dispostas, com a finalidade de transformar o espaço da sala em um lugar com liberdade para movimentar-se de acordo com a necessidade das atividades propostas, esta sala deixa a desejar neste aspecto.

Na sala existem dois alfabetos, um acima do quadro com letra bastão e outro ao lado esquerdo da sala com letra bastão e letra cursiva. Abaixo do quadro tem os números de 0 a 9, ilustrados com o numeral, sua forma escrita e quantidades.







As paredes de uma sala de aula são lugares importantes para demonstrar e valorizar a produção dos alunos, além disso, podem também fazer o papel de setor informativo, com “[...] informações que chegam regularmente à sala de aula e que devem ser disponibilizadas a todos” (JOLIBERT, 2006, p. 26).
Ao lado esquerdo do quadro, pendurado na parede existe um alfabeto silábico, com as famílias silábicas, incluindo a terminação “ão”, porém não constam nele as letras K, W, e Y. Ao lado direito do quadro tem um cartaz com combinados, contendo frases do que é preciso fazer para manter uma boa convivência na sala de aula (frases escritas com letra bastão). Na parte superior do quadro, no lado esquerdo há um relógio, objeto que permite “[...] às crianças se localizarem no tempo” (JOLIBERT, 2006, p.27).

Na sala há dois banheiros, uma pia com duas torneiras, os alunos utilizam para beber água, dessa maneira, não precisam sair da sala a todo o momento. A sala também possui um ar condicionado e dois armários, um de cada lado da pia.


Ao fundo da sala há uma grande prateleira com jogos e livros, cobrindo uma enorme janela basculante. De um lado existe uma placa na qual esta escrito cantinho da leitura, com alguns livros em uma “caixinha”, que ficam encima de uma classe. Os livros didáticos ficam no fundo da sala, entre a prateleira e o cantinho da leitura, todos empilhados encima de uma classe. A sala é pouco arejada e precisa ficar com as luzes acesas o tempo todo, além disso, o ar condicionado ligado e as janelas fechadas. Na sala existem três janelas basculantes, cobertas por cortinas azuis.
Em uma biblioteca (canto da leitura), conforme Jolibert (2006), a sala de aula precisa deixar de ser apenas um local onde os livros ficam empilhados, ou em caixas, sendo utilizados apenas quando os alunos acabam suas atividades. De acordo com a autora, a sala de aula é um local “[...] vivo, familiar, bem-aproveitado e permanentemente renovado, com produções dos alunos e de colegas de outras séries ou salas” (JOLIBERT, 2006, p.31).



REFERÊNCIAS


JOLIBERT, Josette. Além dos Muros da Escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Alfabetização, letramento e cultura escrita.

A alfabetização é um conceito compreendido como estudo e apropriação de uma das formas de representação da linguagem, da escrita. Segundo Ferreiro (2001), a alfabetização não é um estudo em que o indivíduo se encontra, mas um processo que inicia muito cedo e caminha com o sujeito durante toda a vida. Já o conceito de letramento surgiu da tradução da palavra literacy, vai além da alfabetização, pois refere-se ao uso social da leitura e escrita.  Letramento é cultura escrita e envolve diretamente a alfabetização, no qual a alfabetização se dá pelo acesso do indivíduo a cultura escrita (FERREIRO,2001). Para Soares (2004) a alfabetização e o letramento são vistos como coisas distintas, porém inseparáveis. A alfabetização ocorre quando parte das experiências da criança em seu ambiente para chegar ao conhecimento formal  da linguagem, considerando seu contexto social. Ao mesmo tempo em que o indivíduo aprende a ler e escrever, torna-se alfabetizado e letrado. Cultura escrita é o lugar que a escrita ocupa na comunidade ou sociedade. Pode então se dizer que a alfabetização vai além da habilidade mecânica de codificação e decodificação do ato de ler. As práticas de letramento que envolvam a cultura escrita torna os indivíduos capazes de interpretar, compreender, estabelecer  relações com o real, ler dominando a mecânica de leitura. A medida que o sujeito lê, amplia a forma de pensar e ler o mundo de forma crítica.  

Referências

FERREIRO, Emília. Cultura escrita e educação. Porto Alegre: Artmed, 2001.

PICCOLI, Luciana; CAMINI, Patrícia. Práticas pedagógicas em alfabetização: espaço, tempo e corporeidade. Erechim: Edelbra, 2012.

SOARES, Magda Becker. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n. 25, jan./abr. 2004.


domingo, 6 de novembro de 2016

A contribuição da Psicogênese da Língua Escrita no processo de alfabetização.

Mediante constatação da diversidade dos níveis de escrita dos alunos da turma do 1º ano, percebi a necessidade de elaborar um projeto com a finalidade de atender as especificidades dos alunos dos níveis pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. Na visão de Ferreiro (1999), a identificação dos níveis de escrita dos alunos e suas hipóteses são elementos fundamentais no processo de construção da escrita, pois a criança no período de alfabetização é construtora de sua aprendizagem, aprende interagindo com a língua escrita e apropria-se do sistema alfabético por meio da interação, em diversas situações comunicativas. Com base nessas constatações, a proposta buscou, de forma lúdica, envolver os diferentes níveis na atividade a seguir:
Projeto Bom Dia Todas as Cores
Objetivo Geral:
Aprimorar a leitura e escrita por meio de atividades referente ao livro Bom Dia Todas as Cores de Ruth Rocha.
Objetivos Específicos:
Ampliar a prática de leitura e escrita;
Criar hipóteses para formação de palavras e frases;
Escrever palavras e frases.
Ler palavras e frases.
De acordo com o planejamento, o projeto foi aplicado seguindo os seguintes passos:
 - Leitura da História Bom Dia Todas as Cores! (Ruth Rocha)
 - Conversa sobre a história; 
 - Divisão da tuma em três grupos, mesclando os alunos com diferentes níveis de escrita;
 - Identificação de cada grupo por balões de cores diferentes, grupo azul, amarelo  e vermelho, no pátio da escola; 
 - Após explicação, os grupos  estouraram os balões, encontrando sílabas e formaram palavras contidas na história; 
 - Elaboração de frases com as palavras; 
 - Ao término dessa etapa, retornaram para a sala de aula. Lá transcreveram as frases no quadro; 
 - Leitura das frases, individual e coletiva; 
 - Ilustração do desenho de um camaleão; 
 - Elaboração de novas frases. 
Ao final do projeto foi possível  constatar os diferentes níveis de escrita dos alunos do 1º ano, aqueles que encontram-se em nível silábico alfabético, criaram suas frases utilizando palavras escritas exatamente da forma como eles a pronunciam, exemplo, Arve (árvore), outros utilizaram apenas algumas sílabas para escrever a palavra, exemplo, Cmlão (camaleão). Alguns alunos ainda estão em nível pré-silábico, utilizando desenhos para identificar as palavras. A maioria dos alunos encontram-se em nível alfabético, reconhecendo os sons das letras, escrevendo palavras, cujos problemas são apenas em relação à ortografia.
A junção dos alunos por diferentes níveis de escrita promoveu a troca de hipóteses, levando os alunos a trocar experiências sobre suas próprias escritas.

Referências
 FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

VII Mostra Integrada de Iniciação Científica - FACOS
Interconectando Saberes
Nos dias 24 e 25 de outubro ocorreu a VII Mostra Integrada de Iniciação Científica, na qual as pibidianas apresentaram resultado dos trabalhos realizados nas escolas, na forma de pôster.
Este ano apresentei meu trabalho "Crianças em processo de Alfabetização", contextualizando a importância da Psicogênese da Língua Escrita no processo de alfabetização de alunos da turma do 1º ano do Ensino Fundamental.





domingo, 16 de outubro de 2016

Datas Comemorativas

 No mês de setembro os alunos da Escola Madre Teresa comemoraram a Semana Farroupilha com uma tarde muito divertida,  unindo todas as turmas. Teve vaca parada, laço, pipoca, música gaúcha, danças típicas regadas com muito chimarrão!
 A construção do conhecimento histórico se potencializa a partir do estudo de temáticas que tenham significância para os sujeitos envolvidos. Para Zamboni, “a reconstrução do passado é inteligível quando situado no universo conhecido pelo aluno e diretamente relacionado a seus interesses” (2002, p. 73). Dessa forma o trabalho com as datas comemorativas revestem-se de significados porque estão relacionados diretamente com o lugar o qual o aluno vive.








Referência:
ZAMBONI, E. O Ensino de História e a Construção de Identidade. In Boletim Pedagógico/PROEB 2001. UFJF/CPPAE. 2002.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Aulas de Matemática



Os alunos do 1º ano estão aprendendo matemática de uma forma lúdica, com atividades planejadas e formuladas pela professora da turma, compreendendo a imagem e quantidade referente aos números. Segundo Bezerra (2008) atividades práticas com materiais concretos (jogos, material dourado, dinheiro chinês, dentre outros) geralmente são eficazes para o entendimento de conceitos e relações numéricas, se planejadas criteriosamente pelo professor e realizadas considerando-se aspectos relativos às metodologias de ensino.


 


Referência
BEZERRA, M. C. A. As quatro operações básicas: uma compreensão dos procedimentos algorítmicos. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática) – Natal, 2008.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Senhor Alfabeto


Durante o mês de julho foi desenvolvido o projeto de intervenção didática com a turma do 1º ano, foram propostas, semanalmente, diferentes atividades a partir da história do Senhor Alfabeto. Entre elas, leitura e escrita por meio de identificação de letras, relação da imagem e letra inicial, jogo de memória com as palavras da história, bingo de letras. Nestas atividades, os alunos leram e testaram suas hipóteses de escrita, considerando o contexto da escola e da sala de aula.